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Escritor . poeta . professor
história . arquitetura . urbanismo
arte . xilogravura . cordel
cultura popular brasileira

Pedro de Lima 

Pedro Antonio de Lima Santos nasceu em Caxias, Maranhão, em 29 de junho de 1947, onde viveu até os anos 1960, quando sua família mudou-se para o Crato (Ceará). Nesta cidade, estudou no Colégio Diocesano, participou do Madrigal intercolegial, trabalhou na Rádio Araripe e no Jornal A Ação.

Incentivado pelo clima de efervescência cultural (teatro, literatura, festivais musicais), engajamento político (movimento estudantil) e apesar do obscurantismo da época, Pedro de Lima partiu para Brasília, onde iniciou o Curso de Arquitetura na UNB  (Universidade de Brasília), em 1968.

Ainda estudante, encantado com a cidade planejada por Lúcio Costa e com a bela arquitetura de Oscar Niemeyer, Pedro desejou apresentá-la aos hermanos da América Latina, aproveitando também o sentimento de latinidad, muito comum nesses tempos. 

Assim, em 1974 ingressou na Universidad del Valle, em Cali (Colômbia), onde concluiu a graduação e começou sua carreira docente. Lecionou temas de história da arquitetura, urbanismo e sobre a recente construção de Brasília, tema que mais instigava os colegas de curso (professores e estudantes).

Tempos depois, voltou ao Brasil e passou a viver em Natal (RN), onde casou-se com Antonieta Brito, com quem tem duas filhas: Joana e Mariana - mãe de Luísa, sua neta.

É Professor aposentado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) - instituição na qual, desde 1978 até 2012, lecionou no Curso de Arquitetura e Urbanismo e no Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU-UFRN, implantado em 1999).

Concluiu mestrado em Antropologia Social também na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em 1989, e doutorado em Arquitetura e Urbanismo, na Universidade de São Paulo (USP), em 1998.

No período em que ainda estudava na Universidade de Brasília (UNB), decidiu aprender xilogravura, arte que já conhecia das capas de folhetos de cordel e através dos mestres xilógrafos do Cariri cearense. Na gráfica do Instituto Central de Artes (ICA) fez suas primeiras xilogravuras (1969-1974).

Mas, somente após aposentar-se, em março de 2012, voltou a xilogravar. 

Além de se dedicar às xilos, Pedro de Lima escreve poesia, cordéis, livros e ensaios sobre cultura popular, arquitetura, planejamento urbano, história do Brasil, dentre outros temas.

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Intelectualmente não sei porque faço gravura.

Quer dizer, não defino a minha atitude de fazer gravura como uma necessidade deliberada de me comunicar com quem quer que seja.

Eu gravo simplesmente porque gosto.

Antes de entrar para a Universidade

eu só conhecia um tipo de xilogravura: aquelas que vêm nas capas dos folhetos de cordel [...].

Quando fiz minha primeira xilo,

em fins de 1969, não pensei que ainda hoje estaria gravando.

Fiz como quem descobre um brinquedo novo. Todos gostaram e acharam que eu devia continuar.

Continuei.

Pedro de Lima

Depoimento publicado na revista acadêmica dos estudantes

de Arquitetura e Urbanismo e do Instituto de Artes da UNB (1971).

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