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  • Foto do escritorPedro de Lima

Trajetória (até aqui).

Atualizado: 26 de out. de 2020

caxias fabrica

Antiga fábrica de tecidos, Caxias – MA


Nasci em Caxias (Maranhão), em 29 de junho de 1947. Fui registrado com o nome de Pedro Antônio de Lima Santos, herdando o sobrenome do meu pai.


Em Caxias, na segunda metade dos anos 1950, estudei no Colégio São José e nos Grupos Escolares João Lisboa e Gonçalves Dias.


Ainda relembro os amigos maranhenses de Caxias.


Mas não tenho notícias deles desde o início dos anos sessenta, quando minha família se mudou para o Crato.


Embora perdidos no espaço e no tempo, aqueles amigos existem na minha memória.


Lembro-me deles nas disputadíssimas peladas no adro e no largo da igreja de N.S. dos Remédios;  recordo quando empinávamos papagaios e comíamos amêndoas de sapucaia no morro do Alecrim; lembro-me dos passeios ao riacho do Ponte e às águas minerais da Veneza.  


Não esqueço, enfim, a minha cidade banhada pelo rio Itapecuru, a Trizidela, o Olho d’Água.

No Crato, no início dos anos 1960, ganhei o apelido de Pelé. Como eu não me achava nem um pouco parecido com o Rei, costumava dizer: - Olha, de Pelé eu só tenho o futebol… Futebol que eu praticava nos rachas, em qualquer hora ou lugar.


Mudamos para o Crato em 1960, quando meu pai João Lima Santos foi transferido para a agência local do Banco do Brasil. Além de nossos pais João Lima e Natinha, viemos com os irmãos Eline e Danilo -já falecidos-, Célia, João, Ana, Luís e Raimunda. Os irmãos Márcia (também falecida), Tasso e Augusto nasceram no Crato.


Bodas de Prata, Xilogravura.

Bodas de Prata, Xilogravura.


Conclui o segundo grau no Colégio Diocesano do Crato.  Ali, fiz muitos amigos que ainda guardo na lembrança e no coração.


Foi no Crato, durante os anos sessenta, no Colégio Diocesano, nas ruas da cidade e nas paisagens da serra do Araripe e do vale do Cariri,  que assentei as bases para a minha formação, seja lá o que isso tenha significado.


diocesano

Colégio Diocesano – Crato-CE


Participei do Grupo de Escoteiros, do Interact e da União dos Estudantes do Crato. Fiz parte do Madrigal Intercolegial.  


Guardo boas lembranças da nossa convivência e das nossas apresentações, em Crato e em outras cidades. Também integrei o Jogral Pasárgada, o que me ajudou a sintonizar ainda mais os meus sentidos para a poesia.


Na mesma época (meados dos anos 1960), trabalhei na Rádio Araripe do Crato e, um pouco depois (1967), no Jornal A Ação.  


Quando volto ao Crato, é sempre um prazer reencontrar amigos daquela época e os novos.


Foi no Crato, portanto, que, misturado com futebol, natação, coral, jogral, teatro, jornal, movimento estudantil, molecagem e boemia, encontrei amigos, escrevi os primeiros versos, e fiz as primeiras incursões, nem sempre bem sucedidas, ao amor.


Plano Piloto de Brasilia e Lúcio Costa

Plano Piloto de Brasilia e Lúcio Costa


Depois, em 1968, fui para Brasília. Na UnB, no final do anos 1960, ganhei o apelido de Pedrão.


Ali, vivendo na surpreendente e bela cidade criada por Lúcio Costa e em meio aos elegantes e belos edifícios projetados por Oscar Niemeyer, iniciei, em 1969, meus estudos de Arquitetura e Urbanismo.


Ali aprendi que cada pessoa tem seu próprio sonho feliz de cidade, como diz Caetano Veloso.


Em Brasília, entre 1968 e 1974 -em plena ditadura militar-, também vivi intensamente o sentido da amizade, do companheirismo e da solidariedade.


valle

Logotipo da Universidade


No segundo semestre de 1974, fui para Cali (Colômbia).


Lá, na Universidad del Valle, passaram a me chamar de Pedro de Lima. Isto se deu por causa de uma leitura equivocada do meu nome. Os colegas colombianos acharam que o sobrenome Lima era de meu pai e o Santos de minha mãe.


Logo, grafaram meu nome assim: Pedro de Lima S., conforme o costume hispânico. Daí ficou mesmo Pedro de Lima.


Graduei-me e lecionei (até agosto de 1978) na División de Arquitectura da Universidad del Valle. Lá, vivendo com um povo, uma cultura e uma língua diferentes, com os amigos colombianos, confirmei minha vocação para a docência, para a democracia e para o respeito à diversidade.


Natal-RN

Natal-RN


Mais tarde, na segunda metade de 1978, voltei para o Brasil. Depois de procurar trabalho em Brasília e em João Pessoa, vim para Natal.  


Foi esta a cidade que, há mais de trinta anos, eu e a companheira Antoniêta, adotamos como nossa.


Aqui conhecemos muitas pessoas e fizemos novas amizades.

Em Natal nasceram nossas filhas Mariana e Joana.



Antonieta, Mariana e Joana (1982 e 2010)

A companheira Antonieta - Flor, esposa e mãe das minhas filhas, Mariana e Joana

(fotos de 1982 e 2004)


Em Natal, trabalhei na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no Curso de Arquitetura e Urbanismo, contribuindo para sua construção e consolidação, e para a formação de alunos graduados e pós-graduados. 


E, trabalhando como professor, fiz mestrado em Antropologia Social na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1989) e doutorado em Estruturas Ambientais Urbanas, na Universidade de São Paulo (1998).


Por vários mandatos exerci os cargos de Vice-Chefe e Chefe do Departamento de Arquitetura da UFRN. Fui, por diversas vezes, membro do Conselho Superior de Ensino e Pesquisa da UFRN e do Conselho do Centro de Tecnologia, além de participar do Conselho Deliberativo da Fundação de Pesquisa e Cultura do Rio Grande do Norte.

Participei do desenvolvimento do cooperativismo na UFRN, especialmente da Cooperativa Cultural Universitária (Livraria), na qual colaborei como Conselheiro, Secretário, Vice-Presidente e Presidente. 


Participei da fundação da Cooperativa de Ensino Superior da UFRN e da Cooperativa de Consumo dos Servidores da UFRN.


Fui Secretário da Associação de Professores da UFRN, Secretário Geral e Diretor de Política Educacional e Científica da Associação de Docentes da UFRN, da qual fui fundador. E muito me orgulha registrar que, recentemente, participei ativamente de sua transformação em Sindicato.


Logos ADURN e APURN

Marcas ADURN e APURN


O meio universitário tem sido a minha vida há mais de quarenta anos.


Na universidade vivi minhas alegrias e minhas tristezas. Hoje estou aposentado (desde 2012). Não tenho saudade porque foi na hora certa.


Agora posso continuar a fazer as coisas que gosto sem ter que preencher relatórios burocráticos. Como diria o poeta: foi bom enquanto durou!


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